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CIFIKIM: Países do Mercosul discutem especialidades profissionais da Fisioterapia

16 de junho de 2015

Peculiaridades e métodos de concessão de títulos são abordados

Nos dias 23 e 24 de maio, em Montevidéu, no Uruguai, foi realizada a reunião da Comissão de Integração de Fisioterapia e Kinesiologia do Mercosul (CIFIKIM), em que se discutiram as especialidades profissionais dos fisioterapeutas. Em 2014, as diretrizes curriculares da Fisioterapia brasileira foram adotadas como referência; neste ano, mais uma vez, a consolidação da profissão no Brasil serviu como modelo em relação às especialidades profissionais e acadêmicas. O evento contou com a participação dos fisioterapeutas representantes do COFFITO, Dr. Elias Nasrala Neto e Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira; além de representantes da Argentina, Paraguai e Uruguai.

As diferenças entre os países novamente foram pontuadas: enquanto, no Brasil, a Fisioterapia é regulamentada por lei desde 1969, alguns países ainda buscam regulamentação. Outro diferencial é a regulação por meio de conselho profissional, algo que, em relação aos títulos de especialista, já assegurou à Fisioterapia o total de 14 especialidades profissionais reconhecidas pelo COFFITO, número expressivo frente à realidade da Argentina e do Paraguai, que possuem oito e duas especialidades, respectivamente. No Uruguai, atualmente, está sendo estudada a implementação da especialidade de Osteopatia.

No Brasil, um fisioterapeuta pode requerer especialidade profissional nas seguintes áreas: Acupuntura; Fisioterapia Aquática; Fisioterapia Cardiovascular; Fisioterapia Dermatofuncional; Fisioterapia Esportiva; Fisioterapia do Trabalho; Fisioterapia em Oncologia; Fisioterapia em Osteopatia; Fisioterapia em Quiropraxia; Fisioterapia na Saúde da Mulher; Fisioterapia em Terapia Intensiva; Fisioterapia Neurofuncional; Fisioterapia Respiratória; e Fisioterapia Tráumato-Ortopédica.

Para a Dra. Maria Teresa Dresch da Silveira, estes encontros mostram a maturidade da Fisioterapia no Brasil, bem como evidenciam a autonomia da profissão.   Segundo ela, a liberdade de a profissão ser regida por seus pares fez com que a evolução da profissão acontecesse de maneira mais harmoniosa e afim às necessidades da carreira e da sociedade.

Especialidade profissional e acadêmica

Segundo o Dr. Elias Nasrala Neto, outro tema bastante abordado durante a reunião foi a diferença entre as especialidades profissionais e as especialidades acadêmicas. Na oportunidade, ele explicou como isso funciona no Brasil, dando destaque, inclusive, ao Exame Nacional de Títulos de Especialista Profissional, realizado por meio da parceria entre o COFFITO e as associações profissionais. Na área acadêmica, o reconhecimento dos títulos fica sob a responsabilidade do Ministério da Educação.

A discussão ainda teve maior amplitude com a presença de representantes das três instituições de ensino do Uruguai. Além disso, o grupo aproveitou o momento para abordar a utilização das diretrizes curriculares brasileiras e a criação de uma lei específica para a Fisioterapia no Uruguai.

SGT-11

Durante o encontro, foi promovido debate com os membros do Subgrupo de Trabalho 11 (SGT-11), do Ministério da Saúde do Uruguai, cuja meta é a discussão da integração da Fisioterapia nos países que pertencem ao Mercosul.  

por: Coffito